Aclamado por muitos anos como o time com a melhor base do
país, o Internacional segue revelando grandes jogadores, como Otávio, Valdívia,
Alex Santana e outros que seguem subindo para os profissionais todos os anos.
Mas, infelizmente para os gaúchos, todo esse trabalho agora é muito mais visto
em outros clubes brasileiros do que no próprio Internacional.
O nome que mais simboliza isso é o de Walter, do Goiás (na foto, ainda no Inter, alguns anos e alguns quilos atrás).
Formado nas categorias de base do clube, o centroavante barrigudinho é a
sensação do campeonato com 11 gols e seis assistências, e pode levar o time esmeraldino
para a Copa Libertadores. Os goianos estão na quinta colocação com 46 pontos e
já conseguem avistar de longe os calcanhares de Botafogo, Grêmio e Atlético
Paranaense. No Goiás também está Eduardo Sasha, que um dia foi apontado como o
substituto de Taison, mas que jamais teve uma chance real, ao contrário de
Walter, que foi até bem vendido para o Porto.
Outro que também passou pela base colorada e não foi muito
aproveitado no time de cima é Ricardo Goulart. Atualmente titular do Cruzeiro,
líder do Brasileirão, ele foi formado no Santo André, mas teve uma passagem
pelo Inter B durante muito tempo e alguns técnicos chegaram a utilizá-lo no
time de cima. Mas jamais teve uma sequência, e a chegada do medalhão Forlán
acabou com qualquer possibilidade de espaço para ele.
Além deles, podem ser citados os casos de Rafael Sóbis, do
Fluminense e Pato, do Corinthians, ambos muito bem vendidos, mas só o primeiro (bicampeão da Libertadores) com sequência grande de jogos no time principal. Samuel, hoje na
reserva do Fluminense e importante em vários momentos do título brasileiro de
2012, sequer chegou a estrear nos profissionais. Todos são frutos de um trabalho específico com o ex-jogador de futsal Ortiz que
já rendeu ótimos resultados ao clube, que por ironia do destino - ou escolha da
diretoria - investe pesado em nomes não revelados por lá, como o supracitado
Forlán, Caio Canedo e Rafael Moura.
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