sábado, 19 de outubro de 2013

As grandes lorotas do futebol brasileiro

Um ditado bastante popular dentro do futebol é o de que a verdade de hoje é a mentira de amanhã. Algumas lorotas, no entanto, já são bastante conhecidas no meio, mas há sempre um coração trouxa bem intencionado para comprá-las. Afinal, só existe lorota porque há uma grande demanda mundial por elas, há quem necessite de ilusão para viver e seja feliz com isso. Sem mais filosofias, vamos a algumas das grandes lorotas do futebol brasileiro no momento.
"Antigamente se tinha mais amor à camisa"
No tempo em que se morria de tifo e se andava de carro de boi, jogadores já gostavam de dinheiro. E seguem gostando, não há nada de errado nisso. O que há nesse caso é um saudosismo piegas, uma tentativa de se glamourizar um passado e enganar os mais desavisados.
"Aqui não entra mais jogador de empresário"
Essa parou um pouco de ser contada, mas volta e meia é lembrada por alguém. Amigo, hoje 99,9% dos jogadores conversam com o mundo por intermédio de seus empresários. E quem não quiser negociar com eles só tem um remédio: não se envolver com o esporte, sentar na poltrona de casa e comprar um cachorro.
"O Brasil precisa resgatar sua identidade, sua essência futebolística"
Essa é outra bem contada e encampada por muita gente, sobretudo quando a Seleção não está bem. E tenha a certeza de que 90% das pessoas que usam essa frase, quando perguntadas sobre o que é a identidade futebolística brasileira, utilizarão termos como "drible", "irreverência" e "futebol-moleque".
Vencemos por causa do planejamento
Essa é uma meia-verdade, porque o imponderável faz parte do futebol. "Ah, mas nos pontos corridos, a coisa é diferente, o Cruzeiro se planejou e colhe os frutos". Com todo o respeito, ninguém se planeja para ser campeão com quatro, cinco rodadas de antecedência, contratando os jogadores que o Cruzeiro contratou.
Compactação

Um conceito moderno e importantíssimo do futebol que está sendo usado como termo genérico para tudo e se tornou a palavra da moda. É sempre bom desconfiar quando alguém bate muito nessa tecla e analisar com o olho para verificar a coerência entre discurso e prática.

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